Suponha que você esteja com uma tremenda dor de cabeça. O incômodo é tamanho que reclama para um amigo e este, rapidamente, tira um remédio “milagroso” da gaveta e lhe diz: “Isso aqui vai acabar com a sua dor. Comigo foi vapt-vupt”.
Em primeiro lugar, a automedicação não é recomendada. Depois, será que as causas da sua dor de cabeça são as mesmas que as do seu colega? Provavelmente, não. Então, como um mesmo remédio poderia eliminá-la?
Tenho certeza de que você conhece ao menos uma pessoa que já tentou seguir a dieta prescrita para o amigo, ou o treino da academia indicado ao irmão, e não hesitou em experimentar inúmeros chás que publicações na internet dizem curar tudo e mais um pouco.
Infelizmente, esses comportamentos têm sido reproduzidos no ambiente organizacional. Pare um momento e analise a sua caixa de e-mails. Possivelmente, você vai se deparar com mensagens como: “As 10 soluções para a baixa produtividade” ou “Os 5 passos para resolver a alta rotatividade nos postos de trabalho”.
Parece que, diante de uma busca desesperada por respostas rápidas e soluções únicas, capazes de resolver inúmeras dificuldades, importantes etapas têm sido deixadas de lado. Ao invés de tratar a causa, a preocupação tem se restringido em remediar os efeitos.
Existe uma crença de que para tudo existem receitam prontas e que, se alguém teve sucesso ao segui-las, as mesmas certamente resolverão as atribulações de todos. É como se fosse possível chegar ao balcão de uma farmácia e pedir: “Preciso de 5 soluções para lidar com o baixo engajamento da minha equipe, por favor!”
Parece-me que muitos gestores não querem encontrar a real causa de cada obstáculo para evitar assumir a responsabilidade por ele. Preferem aderir a uma solução “enlatada”. Afinal, é mais fácil tentar aplicar algo pronto e se eximir da culpa, caso a tentativa seja fracassada, do que investir tempo e esforços para buscar a resposta sozinho.
É importante lembrar que as organizações são impactadas diretamente pelo contexto em que atuam. A realidade e o cenário em que a sua empresa está inserida hoje a diferencia de todas as outras companhias que já passaram por dificuldades semelhantes no passado. Só quando você compreende isso é capaz de decidir os melhores caminhos a percorrer.
É assim que as consultorias sérias atuam. Analisam e compreendem os cenários primeiro, para depois recomendar alguma ação. É por isso que, muitas vezes, a resposta para as perguntas dos gestores é: “Depende!”. Afinal, os contratempos de uma empresa familiar, de uma cooperativa, do serviço público ou de uma organização não-governamental podem até ser parecidos, mas nem sempre têm as mesmas causas.
De forma geral, não existem padrões e verdades absolutas quando tratamos de pessoas ou gestão de negócios, mas princípios e indicadores que devem ser levados em conta na tomada de decisão. É como ter uma caixa cheia de ferramentas e saber qual utilizar no momento adequado.
Quer resolver seus problemas? Antes de sair buscando soluções prontas, comece a olhar mais profundamente para eles. A resposta pode surgir a partir da geração de conhecimento sobre a companhia e o momento em que ela se encontra. Olhe com muita atenção para os processos, áreas envolvidas, pessoas e demais recursos que impactam os resultados.
Só depois de identificar causas e consequências será possível recomendar ações. Caso contrário, teremos um conjunto de tentativas improdutivas e ineficazes. E o resultado é que o profissional cairá em descrédito e ainda terá retrabalho.
Aos gestores, fica a reflexão: Você tem buscado uma verdade absoluta ou tentado compreender as causas da sua dor de cabeça? Pense nisso!
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